Zakumi

Ao comunicar as crianças que haveria em seguida uma atividade diferente, surpresa. Todos já ficaram agitados.

De dois em dois foram todos para a sala de espelhos, nesta sala porque não há cadeiras e dá para fazer uma rodinha com todas as crianças.

Na rodinha sempre há as crianças que cumprem todas as regras combinadas e aquelas que ficar sentados ali, é muito difícil.Foi apresentado o boneco dentro de um saco para que todos passassem a mão, e tentassem perceber o que estava por detrás daquele pano, todos ficaram ansiosos, quando terminaram falararam o que perceberam: papai noel, coração e uma carta, ursinho de pelúcia, boneco, roupa de boneca...

Então discutiram que haviam chegado aquelas conclusões ou que era resultado de pensamentos. Ver saindo alguma coisa de dentro do saco e tomando forma, fazia

com que conclusões e opiniões fossem se formando. Mas na hora em que uma patinha com a ponta branca e amarela ia aparecendo, foi em um grito quase unânime “é o boneco zakumi.”

Ele trazia junto com ele um livro de Ruth Rocha contendo três histórias Marcelo Marmelo

Martelo, Gabriela e O Dono da Bola. A história escolhida foi a terceira: O Dono da Bola. A maioria das crianças ouviram atentamente a história. Ao final uma criança logo concluiu: quem briga não tem amigos, outro respondeu: amigo é mais importante que brincadeira. A cada pergunta feita sobre a história era logo respondida, porque havia muita atenção.

Ouvir e falar na hora certa... regras que em sala não são muito obedecidas, naquele momento se fizerem presentes.

Após a contação de histórias era hora de cada um segurar um pouco o boneco tão cobiçado com cada olhar presente. Enquanto cada um segurava o boneco, o sorteio para a escolha da casa a qual Zakumi iria visitar e passar a noite, estava sendo preparado pelas professoras. Na hora do sorteio olhinhos fechados, concentração, energia boa, pois todos queriam ser sorteados. Um menino foi sorteado, falou que iria cuidar do boneco, responder o questionário, ler o livrinho com a família e trazê-lo no dia seguinte.Ao final de toda a atividade, enquanto organizava a sala de aula, um menino da segunda série observando a minha sala, num dado momento suspirou e falou como se fosse um pensamento: “que legal levar o zakumi para casa.”

Foram duas aulas para esta atividade, mas o tempo passou em um piscar de olho.